Liverpool destaca a diferença entre gigantes na estreia da Champions League
- natan augusto
- 17 de set. de 2024
- 4 min de leitura
Liverpool destaca a diferença entre gigantes na estreia da Champions League
Milan e Liverpool estão entre os quatro clubes com mais títulos de Liga dos Campeões na história. O contexto atual, porém, os distancia. A constatação já era esperada antes de a bola rolar na noite desta terça, em Milão, e se confirmou com o 3x1 aplicado pelos ingleses. Mesmo saindo atrás no placar, os Reds dominaram os anfitriões durante toda a partida.
Não que o número de finalizações seja algo que represente uma verdade absoluta no futebol, mas se uma equipe atenta contra a meta rival três vezes mais do que a outra atuando como visitante, há um abismo entre elas. Essa foi a sensação em campo. O Liverpool poderia ter construído um placar bem maior a seu favor.
Escalações
O técnico português Paulo Fonseca optou por Calabria na lateral-direita. O brasileiro Emerson Royal começou no banco. Morata teve sua primeira oportunidade como titular e formou a linha de ataque rossoneri com Pulisic e Rafael Leão. Já o holandês Arne Slot deixou Luis Diaz no banco. Cody Gakpo foi o ponta-esquerda titular. Robertson foi desfalque na lateral-esquerda. Tsimikas jogou.
O jogo
O belo gol de jogada coletiva marcado por Pulisic logo aos dois minutos passou a sensação de que o Milan faria um 1º tempo de imposição dentro de casa, mas a história da etapa inicial não foi exatamente assim. Surpreendido em sua estratégia de adiantar o bloco de marcação, o Liverpool não fez concessões a tal estilo. E exatamente por isso passou a dominar os anfitriões.
Demorou cerca de 20 minutos para chegar ao empate com Konaté, aproveitando falta levantada por Alexander-Arnold na área e saída em falso de Maignan. Antes disso, no entanto, já tinha mandado uma bola no travessão com Salah, algo que se repetiria pouco depois. Diogo Jota perdeu boa chance também e Gakpo infernizava a vida de Calabria pelo lado esquerdo do ataque do time inglês.
Impedir os avanços do Milan com um bloco de marcação adiantado e compacto entre os setores foi a principal chave do Liverpool para merecer a virada que alcançaria em nova cabeçada de zagueiro aos 40'. Van Dijk foi mais um a se livrar da tentativa de bloqueio de Reijnders e ganhar de Pavlovic e Loftus-Cheek pelo alto para completar a cobrança de escanteio de Tsimikas.
O lateral grego tinha vacilado no lance do gol do Milan. Tentou antecipar o belo lançamento de Maignan para Calabria e desguarneceu o setor em que Morata serviu Pulisic em profundidade, mas se recuperou com boas ações combinadas com Gakpo na parte ofensiva. Gravenberch e Mac Allister venciam duelos na faixa central e acionavam rapidamente os atacantes.
Alexander-Arnold e Salah esbanjavam precisão a partir do lado direito. O lateral encaixou bons passes e inversões. O atacante se postava constantemente entre Pavlovic e Theo Hernandez para gerar dúvidas e condições de finalizar. Dá para dizer que, apesar de ter errado na saída pelo alto no primeiro gol do Liverpool, Maignan impediu um placar pior com três ótimas defesas.
Tirando a jogada em que abriu o placar, o Milan não teve ação para responder ao amplo domínio inglês. Loftus-Cheek foi quem chegou mais perto de superar as pressões ao vencer duelos e conduzir para encontrar Rafael Leão na sequência, mas o sucesso desta alternativa acabou não se confirmando com frequência. Reijnders perdeu basicamente todos os duelos para Gravenberch.
A situação ficou ainda mais preocupante para o Milan logo no início do 2º tempo. Maignan se lesionou em nova boa defesa aos dois minutos. O goleiro Torriani, de 19 anos, estreou nos profissionais do clube italiano em jogos oficiais e não comprometeu.
Mesmo sem um nível tão grande de imposição, os visitantes seguiram melhores em campo. A diferença entre as etapas foi a altura do bloco de marcação do Liverpool. Marcando um pouco mais atrás, os ingleses mantiveram a competência dos combates e passaram a ter mais contragolpes a disposição.
Gakpo, o melhor do Liverpool em campo, aproveitou um passe em profundidade de Szboszlai após erro de passe de Pavlovic e cruzou na medida para o húngaro ampliar antes da metade do 2º tempo. Diogo Jota, importante na rotação ofensiva da equipe, mas impreciso nas finalizações, deu lugar a Darwin Nuñez. Luis Diaz também foi a campo em substituição a Cody Gakpo.
No Milan, Calabria saiu lesionado e o brasileiro Emerson Royal entrou na lateral-direita. O inglês Abraham foi outro a ir a campo. Loftus-Cheek saiu. O Milan passou a ter uma linha com quatro atacantes. Reijnders foi recuado. Pouco adiantou. A retaguarda do Liverpool manteve a segurança, e apenas um chute de Rafael Leão nos acréscimos assustou de verdade.
O clube italiano chegou ao quinto jogo na temporada e venceu apenas um deles. Tem o clássico contra a Inter pela frente no domingo e muito o que melhorar se quiser sonhar com uma campanha condizente com a sua história nesta edição de Liga dos Campeões. Já os Reds triunfaram pela quarta vez em cinco partidas na atual temporada.
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